“Ide e anunciai até os confins do mundo”

09/05/2013 23:56

 


O ex-missionário da Missão Marajó, Anderson dos Santos Nunes, natural do estado do Amapá, da cidade de Santana, conta um pouco da sua experiência na missão. Confira o testemunho dele.

Na época em que fui para a missão, eu era membro do Grupo de Oração Jesus Misericordioso, que acontece na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na diocese de Macapá. Atualmente estou no estado do Rio de Janeiro, na cidade de Arraial do Cabo, arquidiocese de Niterói. Lá participo e estou como coordenador do Grupo de Oração Abba Pai na Paróquia Sagrado Coração de Jesus.

Conheci a Missão Marajó através de um encontro de carnaval onde foi feito o chamado missionário, quando o projeto ainda era intitulado de Projeto Amazônia. Comecei meu trabalho através do acompanhamento de tutoria. Em janeiro de 2010, exatamente no dia 6, fui para a cidade de Breves para a experiência missionária. Ali fiquei até o dia 30 e voltei para minha casa.

No dia 17 de fevereiro, me tornei missionário e fui morar na Casa de Missão de Breves, onde fiquei por três meses. Depois fui enviado para iniciar os trabalhos na nova Casa de Missão, em Afuá, também no Marajó, no mês de maio de 2010. No dia 22 de novembro do mesmo ano, me desliguei da Missão Marajó, terminando assim meu tempo de missão em terras marajoaras.

Participar da Missão Marajó é uma experiência difícil de relatar com palavras, pois é algo surpreendente e eu, como primeiro missionário oriundo da região amazônica, me deparei com realidades próximas, mas ao mesmo tempo distantes. O Marajó é terra de missão, palavra de Dom José Azcona, bispo local, onde nos deparamos com um abandono total dos poderes públicos e onde a parte espiritual e social é responsabilidade da Igreja.

A missão me proporcionou uma visão ampla do projeto de evangelização da Igreja para com os pobres e me motivou muito mais a estar engajado na Renovação Carismática Católica, a qual amo tanto. A Missão Marajó foi para mim doação, doação de mim mesmo, entrega ao Cristo Crucificado, ao Cristo que chora de fome, ao Cristo abandonado, excluído, violentado, ao Cristo desempregado!

A Missão Marajó foi para mim irmandade, comunhão, crescimento e amadurecimento, pois tive o apoio dos meus irmãos mais experientes e que me repassaram também muito conhecimento e uma visão ampla para a missão. Os problemas vieram para nos ajudar no discernimento e crescimento e para sabermos que a providência divina é constante para aqueles que vivem o projeto de amor e de doação feito pelo próprio Cristo: “Ide e anuncie até os confins do mundo” (cf. Mc 16,15) .

A Missão Marajó fica marcada para mim, como um projeto que acolhe, forma e envia para a missão, que educa e que transforma. Para mim é um amor e uma paz inquieta. Sou feliz de ter participado dela.

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